GNSS - Sistema global de navegação por satélite
Os sinais do GPS (sistema gobal de posicionamento) são enviados do espaço por uma constelação de 24 satélites que é pertença do departamento de defesa dos Estados Unidos da América (ver GPS). Propositadamente (interesses militares) é introduzida degradação que faz com que a certeza do posicionamento seja (em termos de erro médio quadrático) conhecida com uma incerteza de cerca de 100m (Os receptores militares recebem um código mais preciso que reduz o erro para cerca de 20m). Para além deste erro existem os inerentes à precisão dos relógios e ao atravessamento da atmosfera.
Apesar deste milagre da Tecnologia, os utilizadores, á medida que vão tendo disponíveis mais e mais serviços tornam-se mais exigentes, mais consumidores destes e criam cada vez mais necessidades (paradoxo). O que parece ser certo é que para satisfazer as necessidades actuais e futuras e o alargamento da utilização dos sinais de satélite aos diversos sectores da actividade ( navegação - aérea, marítima e terrestre- investigação, agrimensura etc.) à medida que a tecnologia vai disponibilizando essa possibilidade o sistema GPS não pode satisfazer as necessidades quer de precisão, quer de fiabilidade (integridade do sinal). Urge assim, quer pelas razões apresentadas, quer ainda pelo envelhecimento do sistema existente encontrar novos sistemas.
Nos diversos foruns de actividade a que este assunto concerne foram estabelecidas as características que um novo sistema deve ter.Para o sector marítimo essas características fazem parte da Resolução da 20ª Assembleia A.860(20).
É assim proposta a criação do GNSS- Sistema global de navegação por satélite.
Este sistema terá (já está a ter) uma implementação em 2 fases.
Na primeira fase (GNSS-1) utilizam-se os sinais do GPS (constelação americana) e os sinais do GLONASS (constelação da federação Russa equivalente à do GPS americana) o que permite desde logo dispor de cerca do dobro dos satélites e de sinais conjugados de duas constelações distintas. Os sinais são de pois enviados para 2 satélites geosíncronos (da Inmarsat, em sistema de aluguer) e são depois enviados para terra através de dois respondedores permitindo a determinação da posição com um rigor situado entre 5 a 10 m.
Este sistema utiliza a sobreposição de sinais sendo a componente Europeia ( à semelhança das americana e japonesa) chamada de EGNOS (European Global navigational Overlay System)
A Europa está apostada em ter o seu próprio sistema totalmente autónomo e sob controlo do sector civil da sociedade, não tendo ainda definida a configuração nem o tipo de satélites a utilizar
(continua)
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